Força
Estranho.
Muito estranho, entrar em São Domingos, onde sempre me senti em casa porque tu assim o fazias, e não ouvir o teu riso, não ver a tua cara prazenteira, não te ouvir dizer "Rapariga, larga os gatos!"
Muito estranho, o baque que senti ao ler o e-mail da sempre vigilante Cris, onde fiquei a saber do teu estado de saúde.
Muita tristeza, mas apesar de tudo muita esperança, ao ver tantos reunidos a rezar pelas tuas melhoras, numa cerimónia de uma beleza imensa, preparada com um cuidado e carinho sem fim. É verdade que rezávamos por todos os doentes. Mas no coração e no pensamento de todos estava apenas um nome: o teu.
Não somos amigos chegados é certo ( apesar de já termos dormido no mesmo quarto e eu ter ficado a saber que ressonas como uma betoneira! ), mas sempre nutri um grande carinho por ti, pela tua vivacidade, alegria, vontade férrea de ver as coisas acontecerem.
És daquelas pessoas que já vão sendo raras, que marcam quem as conhece. O carinho que sinto por ti multiplica-se para além de mim e estende-se até muito longe, a muitas outras pessoas. E a prova foi o que se viveu nesta noite que nunca esquecerei, esta noite em que eu vi as lágrimas dos teus amigos, a voz trémula da tua mãe que agradeceu a todos. A noite em que eu senti uma tristeza imensa, não só por estares doente, mas por saber bem o sofrimento que todos sentiam. Todos que ali estavam crêem numa Vontade maior, mas ergueram a voz e apresentaram sem medos e vergonhas um pedido ao Pai: que desta vez não cumprisse a Sua vontade e te entregasse, são e salvo, numa prece de esperança além de qualquer força, por muitos somos unos.
Juntei-me à prece, sim. Porque como tantos outros, eu sei que és único, e fazes muita falta ainda. Vi-o na cara dos teus amigos. E afinal, quem mais irá dizer-me "Rapariga, larga os gatos!"?
Com um grande beijinho para o Miguel Romão Machado
Muito estranho, entrar em São Domingos, onde sempre me senti em casa porque tu assim o fazias, e não ouvir o teu riso, não ver a tua cara prazenteira, não te ouvir dizer "Rapariga, larga os gatos!"
Muito estranho, o baque que senti ao ler o e-mail da sempre vigilante Cris, onde fiquei a saber do teu estado de saúde.
Muita tristeza, mas apesar de tudo muita esperança, ao ver tantos reunidos a rezar pelas tuas melhoras, numa cerimónia de uma beleza imensa, preparada com um cuidado e carinho sem fim. É verdade que rezávamos por todos os doentes. Mas no coração e no pensamento de todos estava apenas um nome: o teu.
Não somos amigos chegados é certo ( apesar de já termos dormido no mesmo quarto e eu ter ficado a saber que ressonas como uma betoneira! ), mas sempre nutri um grande carinho por ti, pela tua vivacidade, alegria, vontade férrea de ver as coisas acontecerem.
És daquelas pessoas que já vão sendo raras, que marcam quem as conhece. O carinho que sinto por ti multiplica-se para além de mim e estende-se até muito longe, a muitas outras pessoas. E a prova foi o que se viveu nesta noite que nunca esquecerei, esta noite em que eu vi as lágrimas dos teus amigos, a voz trémula da tua mãe que agradeceu a todos. A noite em que eu senti uma tristeza imensa, não só por estares doente, mas por saber bem o sofrimento que todos sentiam. Todos que ali estavam crêem numa Vontade maior, mas ergueram a voz e apresentaram sem medos e vergonhas um pedido ao Pai: que desta vez não cumprisse a Sua vontade e te entregasse, são e salvo, numa prece de esperança além de qualquer força, por muitos somos unos.
Juntei-me à prece, sim. Porque como tantos outros, eu sei que és único, e fazes muita falta ainda. Vi-o na cara dos teus amigos. E afinal, quem mais irá dizer-me "Rapariga, larga os gatos!"?
Com um grande beijinho para o Miguel Romão Machado
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