Respirar fundo
Ainda está muito vivo na minha memória o teu último toque, cheio de paixão, de desejo, como se fosse o primeiro. Tenho o teu cheiro impregnado em mim, a minha pele arde onde me beijaste. Nunca tiveste vergonha de me beijar em público, mas era no nosso cantinho que o teu coração estava na boca, nas mãos, nos olhos.
Devia ter percebido que algo estava errado, na última vez que nos amámos. Talvez seja mania, mas agora entendo, e vejo o que neguei na altura: algo estava errado. Abraçaste-me e beijaste-me com tamanha paixão que eu senti-me perdida em ti. A forma como olhaste, tocaste e me deste prazer era além do desejo; era desespero. Tu estavas a despedir-te de mim, sinto-o agora, e senti-o no momento, porém neguei-o.
Fizeste uma escolha, a tua escolha - e acato-a. Mas magoaste-me, muito.
Durante tanto tempo enganei-me. Dizia a mim mesma que o me unia a ti era amizade, simpatia, sintonia e desejo. Nunca disse a ninguém que gostava de ti, nem mesmo que te amava. Jurei a mim mesma, à anos atrás, que nunca iria entregar o meu coração por inteiro ninguém, que nunca mais me apaixonaria. Mas tu chegaste, com o teu jeito simples de ser, o teu sorriso doce, o teu olhar inteligente, mas, acima de tudo, a forma que tinhas de me fazer sentir a pessoa mais importante do mundo.
Acabou, de forma fria, cruel e seca, e agora é hora de seguir em frente. Esquecer o teu olhar, o teu beijo, o teu toque, os poemas murmurados em voz doce ao meu ouvidos quando o teu corpo estava no meu. Está na hora de fazer aquilo que sempre fiz: fechar a cara e o coração, respirar fundo, polir o meu orgulho e tocar a vida.
Magoaste-me, mas acabas até por ter razão, porque eu nunca assumi nada, nunca me comprometi por inteiro. Mas tu cometeste um erro crasso:
Ninguém é meu dono.
Devia ter percebido que algo estava errado, na última vez que nos amámos. Talvez seja mania, mas agora entendo, e vejo o que neguei na altura: algo estava errado. Abraçaste-me e beijaste-me com tamanha paixão que eu senti-me perdida em ti. A forma como olhaste, tocaste e me deste prazer era além do desejo; era desespero. Tu estavas a despedir-te de mim, sinto-o agora, e senti-o no momento, porém neguei-o.
Fizeste uma escolha, a tua escolha - e acato-a. Mas magoaste-me, muito.
Durante tanto tempo enganei-me. Dizia a mim mesma que o me unia a ti era amizade, simpatia, sintonia e desejo. Nunca disse a ninguém que gostava de ti, nem mesmo que te amava. Jurei a mim mesma, à anos atrás, que nunca iria entregar o meu coração por inteiro ninguém, que nunca mais me apaixonaria. Mas tu chegaste, com o teu jeito simples de ser, o teu sorriso doce, o teu olhar inteligente, mas, acima de tudo, a forma que tinhas de me fazer sentir a pessoa mais importante do mundo.
Acabou, de forma fria, cruel e seca, e agora é hora de seguir em frente. Esquecer o teu olhar, o teu beijo, o teu toque, os poemas murmurados em voz doce ao meu ouvidos quando o teu corpo estava no meu. Está na hora de fazer aquilo que sempre fiz: fechar a cara e o coração, respirar fundo, polir o meu orgulho e tocar a vida.
Magoaste-me, mas acabas até por ter razão, porque eu nunca assumi nada, nunca me comprometi por inteiro. Mas tu cometeste um erro crasso:
Ninguém é meu dono.
1 Comments:
Por favor, responde aos meus mails, atende o telefone, manda uma mensagem, nem que seja para gritar comigo e dizer que em odeias, mas deixa-me explicar, e pedir perdão. Durante tanto tempo pedi a Deus que o que lia nos teus olhos fosse aquilo que tu lias nos meus... por favor, não me deixes agora por um mal entendido, não largues a minha mão agora. Não quero mais ninguém do meu lado além de ti. Por tudo o que é certo e sagrado, não me faças viver neste inferno.
Eu amo-te.
M.
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