quinta-feira, janeiro 08, 2009

Nota de rodapé

Aproveitando o post anterior, devo dizer que, apesar do autor ser o Sr. Neil Gaiman, eu concordo e assino em baixo. Mas aproveito para lhe dar uma continuação.
Eu também odeio o amor. Especialmente quando essa dor que se instala no nosso coração não desaparece, mas muda. Deixa de ser cortante, passa a ser constante. Como se uma agulha estivesse não só cravada algures na bicúspide, e ainda algum sádico a fosse lá rodar de dois em dois segundos.

Já senti o peso de perder para a morte alguém que amei; tive esse azar na vida. Já traí e já fui traída, já acabei namoros e ficamos amigos, já acabei um namoro com um post-it; nesse percurso perdi muito. Mas a maior perda que sofri foste tu, que estás ao alcance da minha mão mas estás mais distante do que todos os outros. A ti a quem olho, e continuo a amar da mesma maneira. A ti, que me retribuis o olhar e eu sei que me amas da mesma forma. A ti, que te afastas de mim, que também não corro atrás de ti por respeitar a tua escolha.

É por isso que odeio o amor. Porque a maior perda que tive até hoje está na minha frente, a meio metro de mim, mas longe, muito longe...