Selo de Qualidade
Viram a mini-série sobre o Salazar? Eu vi. Controlei o asco e vi. E devo dizer que fiquei surpreendida. Durante décadas todos os portugueses viveram com uma imagem do dito cujo, e não é que agora descobrimos que o homem era, afinal, humano?! Que tinha dores de dentes e de barriga, ia à casa de banho e teve unhas encravadas, e também fazia sexo?!
Mais uma vez concluí que as produções nacionais são uma tristeza. Vi excelente actores a fazer uma triste figura porque o realizador não dá para mais. Mas é recorrente. A coisa que mais me entristece é ver os actores de água e açúcar a fazerem figuras de parvos, e ao seu lado, grande senhores e senhores a fazerem figuras de parvos.
Há pouco tempo atrás decidi dar uma hipótese à ficção nacional e sentei-me a ver o Equador, apesar de não ter gostado do livro. Naturalmente, arrependi-me ao fim de dois minutos. Primeiro, dou de caras com a Maria João Bastos com o cabelo cor-de-cordel a interpretar uma inglesa. E depois, ó senhores, aparece o Marco d'Almeida a espremer-se para imitar o sotaque inglês. Sabem o que é que ele me fez lembrar? O "Allô Allô". Quando os franceses e os alemães queria disfarçar-se de ingleses, punham um cachimbo na boca e faziam: "Fon fon fon fon! Fon!fon!" Eh pá, tal e qual. Deve ter sido a fonte de inspiração do pequenito. Também, o que se podiam esperar de uma produção que foi filmar para a Rua Garrett no Chiado e queria tapar a Bertrand?! É de salientar que a acção está cronologicamente situada no fim do século XIX, e a Bertrand já lá estava à 100 anos.
No entanto, nem tudo é mau. Tiro o meu chapéu à RTP pela série "Conta-me Como Foi". A exactidão é impressionante, até nas coisas mais simples, como os maços de tabaco. E mostra que, com cuidado, carinho, empenho, e muito humor, se pode fazer uma excelente série.
Até hoje, àparte desta última de que falei, só vi estas grandes produções: "Os Távora", "Bocage", "A Ferreirinha" e a grande campeã de sempre, "A Raia dos Medos".
São todos RTP. Não é um padrão. É um selo de qualidade.
Mais uma vez concluí que as produções nacionais são uma tristeza. Vi excelente actores a fazer uma triste figura porque o realizador não dá para mais. Mas é recorrente. A coisa que mais me entristece é ver os actores de água e açúcar a fazerem figuras de parvos, e ao seu lado, grande senhores e senhores a fazerem figuras de parvos.
Há pouco tempo atrás decidi dar uma hipótese à ficção nacional e sentei-me a ver o Equador, apesar de não ter gostado do livro. Naturalmente, arrependi-me ao fim de dois minutos. Primeiro, dou de caras com a Maria João Bastos com o cabelo cor-de-cordel a interpretar uma inglesa. E depois, ó senhores, aparece o Marco d'Almeida a espremer-se para imitar o sotaque inglês. Sabem o que é que ele me fez lembrar? O "Allô Allô". Quando os franceses e os alemães queria disfarçar-se de ingleses, punham um cachimbo na boca e faziam: "Fon fon fon fon! Fon!fon!" Eh pá, tal e qual. Deve ter sido a fonte de inspiração do pequenito. Também, o que se podiam esperar de uma produção que foi filmar para a Rua Garrett no Chiado e queria tapar a Bertrand?! É de salientar que a acção está cronologicamente situada no fim do século XIX, e a Bertrand já lá estava à 100 anos.
No entanto, nem tudo é mau. Tiro o meu chapéu à RTP pela série "Conta-me Como Foi". A exactidão é impressionante, até nas coisas mais simples, como os maços de tabaco. E mostra que, com cuidado, carinho, empenho, e muito humor, se pode fazer uma excelente série.
Até hoje, àparte desta última de que falei, só vi estas grandes produções: "Os Távora", "Bocage", "A Ferreirinha" e a grande campeã de sempre, "A Raia dos Medos".
São todos RTP. Não é um padrão. É um selo de qualidade.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home