terça-feira, maio 23, 2006

Parábola

“Era uma vez uma mulher que comprou um pano para arear as suas pratas. O pano não fora caro, nem tão-pouco era bonito, mas era bom para esse serviço, e a mulher gostava de o usar.
O pano, esse, vivia feliz. Que sorte tinha! Não deixava de ser um simples pano, mas servia para limpas coisas bonitas, e isso fazia-o sentir-se importante. Já após muitos anos de uso, o pano ficou mais gasto, mas cumpria ainda o seu trabalho. Porém, a dona achou que ele estava já muito feio para limpar as suas pratas.
O pano ficou um pouco triste, mas feliz na mesma porque podia continuar a servir a sua dona. Engraxar sapatos é um trabalho muito duro, e cedo o pano ficou esgaçado, roto e cheio de manchas que já não saiam. Ainda assim, o pano não desanimou, porque para ele, aquele era também um trabalho importante.
Mas um dia, após muitos anos, a dona olhou para ele e exclamou: Nem sei porque tenho ainda este trapo! E sem pensar duas vezes deitou-o fora.
O trapo, que em tempos fora pano, ficou tão triste… é certo que já não era novinho, como nos tempos em que cuidava das pratas, mas era ainda um pano! O trapo pensou que seria o seu fim.
Mas numa qualquer rua escura, um mendigo encontrou o trapo, lavou-o o melhor que pôde no chafariz, e depois de esperar pacientemente que ele secasse, enrolou-o à volta do pescoço, e nessa tarde fria suspirou: Ainda bem que encontrei este pano!”



Não importa quantas vezes pisas uma pessoa. Se ela acreditar no seu valor, alguém irá vê-lo, e saber que em vez de trapo, é ainda um pano.


( Obrigada Rita, Ana Maria... e Carlos, por aquele abraço tão especial! Adoro-vos, do fundo do coração.
E obrigada também a ti, Lu. Finalmente encontrei paz. )

terça-feira, maio 02, 2006

A frase...

"E Ulisses, cansado de prodígios, chorou ao ver as praias de Ítaca."

Os heróis não se criam, aparecem com a força das circunstâncias. Todos temos um pouco de heróis, especialmente quando lutamos para proteger aquilo e aqueles que amamos, quando queremos chegar mais longe. Ulisses foi o maior herói de sempre, e apenas queria voltar para a sua terra, para perto da família, por isso lutava incessantemente. É assim a essência da vida. Lutar até descobrirmos que podemos muito mais do que aquilo que julgamos.

Escrevi esta frase na fita de curso de uma pessoa que amo do fundo do coração, única e insubstituível. Entrou na minha vida e eu sei que lutarei até ao meu máximo para que nunca saia.

Tenho muito orgulho em ti!

Para a minha prima Ana Sofia.