sábado, janeiro 31, 2009

Quentes e boas

Sexta-feira sem disparates não é sexta-feira...

"- Ela levou moscatel, estava fresquinho, guardou-o no congelador, ao pé das moscas...
- Eh pá, das moscas?!
- Então, lá é que estava bem, era moscatel!"

"- Bem, estava cheia de fome, e estava a vir o cheirinho do frango assado, até pensei. vou bater à porta da mulher e roubar-lhe uma perna.
- À mulher?
- Não, ao frango!"

"- Eh pá, g'anda ratazana que passou ali!
- Ah desculpa lá, não vou andar de rabo para o ar à procura de uma ratazana!
- Vou telefonar à Juna para me vir ajudar a procurar a ratazana!
- Eheh, boa.
- Olha que ela era amiga e vinha. "

E a pérola da noite...

"Oh pá vou passar a ficar em casa! O meu cão não se importa que eu diga calinadas... é o único que me ouve!"

Isto agora só piora.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

While listening...

I never knew
I never knew that everything was falling through
That everyone I knew was waiting on a queue
To turn and run when all I needed was the truth
But that's how it's got to be
It's coming down to nothing more than apathy
I'd rather run the other way than stay and see
The smoke and who's still standing when it clears

Everyone knows I'm in
Over my head
Over my head
With eight seconds left in overtime
She's on your mind
She's on your mind

Let's rearrange
I wish you were a stranger I could disengage
Just say that we agree and then never change
Soften a bit until we all just get along
But that's disregard
Find another friend and you discard
As you lose the argument in a cable car
Hanging above as the canyon comes between

Everyone knows I'm in
Over my head
Over my head
With eight seconds left in overtime
She's on your mind
She's on your mind

Everyone knows I'm in
Over my head
Over my head
With eight seconds left in overtime
She's on your mind
She's on your mind

And suddenly
I become a part of your past
I'm becoming the part that don't last
I'm losing you and its effortless
Without a sound we lose sight of the ground
In the throw around
Never thought that you wanted to bring it down
I won't let it go down till we torch it ourselves

And everyone knows I'm in
Over my head
Over my head
With eight seconds left in overtime

Over my Head ( Cable Car ), The Fray

quinta-feira, janeiro 29, 2009

A Frase do Ano

O contexto era científico, mas não deixa de ser uma bela frase...

"As fêmeas é que interessam. Os machos são só ambiente."

M.Matos, Faculdade de Ciências de Lisboa.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Momento de Poesia

Tens
as palavras
na ponta
dos dedos
e eu
ouço-as
por todo o meu corpo
todo.

José Carlos Robalo, "Porondando"

sábado, janeiro 17, 2009

Saudável insanidade

Ora as três da vida airada só se encontram às sextas à noite, porque somos moças muito trabalhadeiras. Assim sendo, diz-se muita coisa, regral geral disparate. Eis um maravilhoso momento de partilha de informação e de solidariedade. A Rita contava um momento passado no trabalho...

"Aquilo é assim... ( procura algo na mesa, pega no maço de JPS ) ... isto é a parede... ( pega no telemóvel da Ana ) ... e aqui é a máquina... ( ajeita o cinzeiro ) ... e ali são as casas de banho, e ali os cacifos, 'tão a ver? ( numa tentativa de ajudar eu coloco o telémovel dela no local que ela apontava ) ... eu vinha daqui... ( socorre-se do meu isqueiro; nesta altura já estamos perdidas de riso ) ... e o Gonçalo... ( solícita, a Ana oferece para modelo o seu prório isqueiro ) ...vinha aqui, e o Paulo ( nesta altura eu ofereci uma caneta BIC, mas a Ana refilou logo que aquele era muito grande, tinha de ser o chefe, pelo que usámos uma colher de café ) ... e estavam os dois a puxar por mim aparece o meu chefe ( eis que entra a caneta BIC em acção, com a Ana a imitar a voz do chefe a mandá-los trabalhar, sai a tampa da caneta, e a conversa remata )... OLHA, SALTOU A TAMPA AO CHEFE!"

Haja alegria.

Consciência Automobilística

Pois é meus, amigos pois é! Depois de umas semanas com o coração nas mãos pelo meu pequeno e adorado Super-Popicas ( Citröen Saxo para os mais incautos ), lá fui pôr o meu pequenito no senhor doutor. E confirma-se: o meu carro é mais inteligente que muito boa gente. Eu digo-lhe: não avaries agora que eu não tenho dinheiro para te arranjar! E ele diz "tá bem" e arranja avarias que custam 15 euros, eh eh eh!
Entretanto, regredi ao bons e velhos anos oitenta, anteriores à direcção assistida e à injecção electrónica, e andei com o Boguinhas da minha tia, um Fiesta de quatro velocidades, ainda com a válvula de ar. Para muito cachopos que estão a ler este post a a fazer "hã?", sim, é verdade, nem sempre os volantes se viraram com dois dedos, e sim, houve tempos em que tinhamos de ter paciência com os carros e perceber qualquer coisa básica de mecânica, pelo menos para não abrirmos a válvula do ar à parva e "afogarmos" o carro. Mas nessa altura os carros não eram caixas de fósforos, e a mecânica não era electrónica.
Deu-me uma grande lição, esta semana. Aprendi a gostar e apreciar ainda mais o meu carro ( se é que isso é possível ) e aprendi que, haja o que houver, temos de ser desenrascados e ter calma, muita calma.
Por isso, tal como disse a todos aqueles que, à porta da Bertrand gozaram comigo quando liguei o Boguinhas e apareceu uma nuvem de fumo que mais parecia o nevoeiro do D. Sebastião, aqui fica o recado: quando virem alguém com um carro assim velhinho, tenham paciência. Primeiro, porque esse carro não se vai conduzir como os outros, exige uma certo esforço muscular. Segundo, não arranca tão depressa. E terceiro, tomara estes botes novos todos XPTO durarem tantos anos e aguentarem o que esses aguentam. Nesta semana ouvi mais buzinadelas do que nestes anos a conduzir. Por isso daqui apelo: haja consciência. Haja paciência. Haja civismo. Cabemos todos na estrada... e vejam lá se mantêm o ego dentro do carro.

domingo, janeiro 11, 2009

Feeling blue

Dia triste. O meu conforto continua a ser o mesmo.

"Master yourself. Control your anger, discipline your mind."

Só controlando a minha raiva, disciplinando a minha mente, não empacotei tudo no carro e fui embora.

Apesar de que... ainda estou a pesar a hipótese.

sábado, janeiro 10, 2009

Uma grande e infeliz verdade...

Che Guevara disse ( ou é-lhe atribuída ) uma frase que sempre gostei bastante: hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.
Não consegui, meu amor. No caminho para a dureza perdi toda a ternura.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Chocante

Mafalda Arnaut chocou milhares de pessoas ao declarar: "é viciante, tenho de pôr um travão a mim mesma".
O pior não é assumir um vício; é contemplarmos o facto de que a fadista está a falar de crochet.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Nota de rodapé

Aproveitando o post anterior, devo dizer que, apesar do autor ser o Sr. Neil Gaiman, eu concordo e assino em baixo. Mas aproveito para lhe dar uma continuação.
Eu também odeio o amor. Especialmente quando essa dor que se instala no nosso coração não desaparece, mas muda. Deixa de ser cortante, passa a ser constante. Como se uma agulha estivesse não só cravada algures na bicúspide, e ainda algum sádico a fosse lá rodar de dois em dois segundos.

Já senti o peso de perder para a morte alguém que amei; tive esse azar na vida. Já traí e já fui traída, já acabei namoros e ficamos amigos, já acabei um namoro com um post-it; nesse percurso perdi muito. Mas a maior perda que sofri foste tu, que estás ao alcance da minha mão mas estás mais distante do que todos os outros. A ti a quem olho, e continuo a amar da mesma maneira. A ti, que me retribuis o olhar e eu sei que me amas da mesma forma. A ti, que te afastas de mim, que também não corro atrás de ti por respeitar a tua escolha.

É por isso que odeio o amor. Porque a maior perda que tive até hoje está na minha frente, a meio metro de mim, mas longe, muito longe...

quarta-feira, janeiro 07, 2009

A pedido de muitas famílias...

... aqui está a tradução do último post... Com os melhores cumprimentos para o XôTôr Nóbrega!

"Alguma vez estiveste apaixonado? Horrível, não é? Ficas tão vulnerável. Abre-te o peito, abre-te o coração, e isso permite que alguém entre e desarrume tudo. Constróis todas as defesas, vestes uma armadura, para que nada te possa magoar, e é então que um idiota, em tudo igual a todos os outros idiotas, entra na tua vida idiota... e tu dás-lhe um pedaço de ti e dessa tua vida. Ele não pediu nada. Mas fez um disparate qualquer um dia, como dar-te um beijo ou sorrir para ti, e então a tua vida deixa de ser apenas tua. O amor faz-te refém. Entra dentro de ti. Destrói-te a partir de dentro, e abandona-te ao teu choro, e uma frase tão simples como "talvez possamos ser só amigos" transforma-se num pedacinho de vidro que vai abrindo um caminho doloroso no teu coração. Dói. E essa dor não é imaginária, nem vive apenas na tua mente. É uma dor de alma, uma verdadeira dor-que-entra-dentro-de-ti-e-rasga-o-teu-coração. Eu odeio o amor."

Neil Gaiman

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Thank you, sir.

“Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life...You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like 'maybe we should be just friends' turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-apart pain. I hate love.”


Neil Gaiman

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Happy New Year!

Como se sabe, esta época é pródiga em mensagens de texto ( vulgo sms ) e e-mails natalícios, e outros que tentam bafejar alguma sorte neste novo ano. Todos os anos somos bombardeados, muitas vezes por pessoas com quem não falamos o resto do ano. No entanto, este ano recebi um mail que vale a pena guardar e partilhar. Possivelmente o único verdadeiro e sentido, que não foi feito num copy/paste apressado a transbordar boa vontade.

"Jump with no fear of falling, fall with no fear to stand up, and stand up with no fear to start over again.
Give your best, fight your worse, put your best foot forward.
Laugh, cry.
Try, accomplish.
Push the limit, test the boundaries, do what you have to do.
Take a deep breath, take one step at the time.
Be true, be yourself, stand tall.
Fail, and learn from it.
Don't let your pride take the best from you, don't let anyone take your pride.
Allow yourself to forgive and forget.
Keep life simple and loose, keep the faith in yourself and others.
Seize the day, everyday.
Love.
A true friend's wish not only for 2009, but for the rest of your life."

Thank you Maurício, the wake-up call man.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Ano Novo... Novas Bacoradas!

Qual a melhor forma de começar um novo ano? Colocando no blog as últimas bacoradas de 2008! Ora aqui estão elas.

"Acho estúpido quando as pessoas dizem que conduzem melhor quando estão bêbadas. Cá para mim não vêem é as parvalhosices que fazem!" ( boa Luís... esta foi mesmo a última do ano! )

"O Ian Thorpe só calçou uns sapatos com 20 anos."
"Então andava descalço?!"
"Não, andava de chinelos, sabes como é, Austrália, descontracção, praia..."
"Por isso é que tens uns pés que mais parecem umas barbatanas! Andaram à solta e cresceram sem parar!"
"Pois, olha aquelas tribos em África..." ( sim, a conversa parou mesmo aqui, neste sub-entendido... )

"Bem, quando éramos miúdos, era só Anas, e Tiagos, e Ricardos..."
"E Pedros, montes de Pedros!"
"Sim, manadas de Pedros!" ( ... )

E a grande campeã de 2009...

"Oh pá, para gravar um disco não precisas de cantar bem, precisas é de te despir. As pessoas gostam de carne."
"Ai é? Então, quando gravar um disco vou pôr um presunto na capa!"

Obrigada a todos que contribuiram com a sua saudável insanidade... especialmente à minha maninha que contribui em larga escala! FELIZ 2009!