terça-feira, setembro 30, 2008

Cada minuto é um passo para a loucura

Something always brings me back to you.
It never takes too long.
No matter what I say or do
I'll still feel you here 'til the moment I'm gone.

You hold me without touch.
You keep me without chains.
I never wanted anything so much
Than to drown in your love and not feel your rain.

Set me free, leave me be.
I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

You loved me 'cause I'm fragile.
When I thought that I was strong.
But you touch me for a little while
And all my fragile strength is gone.

Set me free, leave me be.
I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

I live here on my knees as I try to make you see
That you're everything I think I need here on
The ground.
But you're neither friend nor foe though I can't seem to let you go.
The one thing that I still know is that you're keeping me down
Keepin' me down yeah yeah yeah yeah
You're on to me on to me and all over

Something always brings me back to you
It never takes too long

Sara Bareilles, "Gravity"

sábado, setembro 13, 2008

Pensamento positivo...

- O qu'é que tens?
- Dói-me a cabeça. Deve ser da constipação.
- Faz assim: encosta a garrafa d'água, que 'tá fresca, à testa, e depois pensa que 'tá a passar.
- 'Tás é parvo.
- A sério! Pensamento positivo, resulta! Confia em mim.

( Dez minutos depois )

- Atão, 'tás melhor?
- Não. Agora tenho uma dor de cabeça fresquinha.

Um grande obrigada ao Sid e ao Quedas, pelo maravilhoso diálogo, e à minha afilhada, pela reprodução oral digna de um BAFTA.

terça-feira, setembro 09, 2008

Afinal, a vida é bem simples!

Ainda agora estava a ver o programa "30 Minutos", na RTP, e um senhor, que vive atrás do sol posto, e que dizia que uma das dificuldade que encontrava no difícil tarefa de catequista era conjugar a Ciência com a Religião, ou seja: o Homem descende do macaco, ou é uma criação divina?

Fui catequista durante alguns anos, numa zona pobre e muito complicada. Eu própria sou uma filha orgulhosa dessa zona, sem vergonha nem pejo de dizer que sim, sou da Serra da Luz. E o que é engraçado é que um dia, uma criança de oito anos fez aquilo que nenhum cientista nem teólogo conseguiu fazer em cem anos. Aquilo que vou relatar é verídico, tenho cerca de 30 testemunhas.

Diálogo na catequese entre mim e o João, na altura com nove anos:
"Ó Catarina. Deus fez o Homem não foi? O Adão?"
"Sim." ( Nesta altura eu já estava a preparar-me psicologicamente, pois o João tinha perguntas bem difíceis... )
"E depois fez a Eva."
"Sim."
"Só?"
"Sim, segundo o livro, sim."
"Hum. Depois eles tiveram dois filhos, o Caim e o Abel, certo?"
"Sim."
"Só dois?"
"Sim."
"E o Caim matou o Abel?"
"Sim."
"E ficaram o Adão, a Eva e o Caim."
"Sim."
"Só eles os três?"
"Sim. ( já em exasperação )
Então o João olha para mim com ar indignado e pergunta:
"Então como é que o Caim, com vergonha, fugiu para a floresta, casou com uma mulher e teve filhos?!"


Se esta análise já é bastante avançada e digna de louvor para uma criança de nove anos, a resposta que levou foi bem melhor. Preparava-me eu para, como boa catequista, dizer que não é para levar tudo à letra, o essencial são as lições por trás de cada texto, eis que o Paulinho, com oito anos, responde:

"ÉS MESMO ESTÚPIDO! Casou com uma macaca! É daí que a gente vem dos macacos!"

Ora tomem, senhores doutores. Uma criança, na sua simplicidade, resolveu a questão.